sexta-feira, dezembro 30, 2005

O meu discurso para as massas

É no imenso monolito empedernido que esbarramos, na turba dos sem razão que podem ser pedreiros ou arquitectos mas brutos e cegos e vis. Por tão pouco se tabelam na bolsa de valores. São excremento, carbono barato. e trocam-se e vendem-se num extertor frenesi de miséria sem saber o que fazer ou como negociar. Como definir a usurpação da nossa vontade em autoflagelação milenar? Aí sim encontrardes deus. E é grande.
a meta psicose sociopata ergue-se velha e remota, do principio da era historica, da linguagem.
A grande ceifeira/castradora hedionda é maior que vénus, maior que marte, é o próprio saturno devorando seus filhos.
Jupiter! Olha para os escravos que nos tornamos!
Que entre o monstro parricida!
Queremos as estrelas!
Queremos o sangue que provámos enquanto rasgávamos o ventre de nossas mães!
É nosso!
Como não vos basta a emanação quasi eterna metafisica da enorme verdade?
E sem vergonha criais falácias e apelidais de espirito as vossas almas de besta fétida?
Adormecidos como porcos num chiqueiro!
Gólgota será mais digno na última ceia cósmica.
Tântalo e Prometeu choram a devolução do fogo e honra roubados aos deuses. Eles que foram maiores que os deuses.
Os jardins de valhala desertos e as mulheres prenhes de nados mortos. Pústulas!
É aqui, no imenso monolito da morte da consciencia humana, entre o cadáver da larva que fomos e a larva do cadáver que somos que expiamos o suplicio de tantalo sem aguia ou deuses, apenas o fervor escatologico da desintegração e renovação intestinal, uma meta fixaçao anal cropofilica e fétida tomada por moral estupradora de massas. Isenta de significado, apenas processual/abstracta, fetishista e auto punitiva.
Cheira-se a medo e cheira-se o medo, como os macacos.
Os antigos ao menos tinham as galaxias para interpretar os deuses. Nós lemos a sina no meio do nosso lixo. Pequenos e pardos. Haverà currupção maior que o renegar do espirito?
Ao menos a plenitude da morte e a verdade da terra e dos vermes. não esta pasta inorgânica em que nos sucedemos, morra o anti.clone!
Onde estão os amanhãs que tardam? A aventura humana? Nos armarios repletos de ridiculas bugigangas! Reliquias de cultos leprosos à inorgânica anti-morte feitora entre os modernos escravos.
O que temeis? Pois não pode ser monstro pior que a obscenidade que criasteis, a proto-vida, a grande usurpadora.
O que temeis é o cru desconforto do desviado, do que não tem espaço, é o diabo deus dos poetas que vos condena á extinção na cognis de nos mesmos, amnesicos autistas simulacros mediocres .
E vós que buscais o que temeis percebei que o que temeis não se busca, encontrar-vos-a dormindo e alimentar-se-a dos vossos sonhos e defecará nas vossas camas. E vós que vos escondeis do que temeis, sabei que quando sairdes da vossa gruta, ela é o que temieis, e todo o unirverso zombará do vosso engano.
Ao grande monolito pois me dirijo, a vós, mole humana, minha paixão e meu maior inimigo, meus irmãos que amo e odeio. Origem da minha existencia primordial.
A vós me dirijo como um pedinte, de mãos vazias (como shevek buscando o fim dos muros), De mãos vazias peço a cada homem livre suas mãos vazias, peço a tomada de mil bastilhas e que renegais aquilo que vos sustenta, peço-vos a fome e a miséria para que as possamos partilhar rindo á noite em redor das fogueiras, peço-vos os vossos filhos que serão filhos de ninguém ou de todos. Rogo-vos que amais o estranho com o mesmo impeto que concederieis aos que entraram no circulo mais estreito de vosso egoismo, que considereis todas as posses e recompensas que tomasteis como vossas corruptas e sujas – e sujas e corruptas sabeis que são – quero a cabeça de todos os juizes e seus carrascos rolando nas ruas pontapeadas por petizes, peço-lhes meus irmãos, o derradeiro dos sacrificios humanos à ausencia de deus, peço-lhes que amem uma ideia-verbo criadora, o formigueiro, não somente a formiga.

sexta-feira, janeiro 14, 2005

Ex.mo Senhor Chefe dos Exércitos Americanos, Sr. General Colin Powell,

Antes de mais nós, A Associação de Suinicultores do Vale do Tejo, gostaria de se solidarizar consigo e com o povo americano irmão, que tanto tem sofrido devido aos acontecimentos de 11 de Setembro. Data aziaga que sempre irá ficar na nossa memória como um momento infamante só comparável à queda do império do romano do ocidente, ao holocausto nazi e à ocupação Filipina.
Neste momento de transe e dor nós – a Associação de Suinicultores do Vale do Tejo – que tem ela própria uma longa história de dor e traição, sabe que é nestes momentos que se descobrem os verdadeiros amigos e que se cimentam as verdadeiras amizades. Assim condenamos veementemente os ataques às torres gémeas – belas irmãs uniuterinas, metáforas da relação siamesa que liga a liberdade à verdade – e deploramos a barbara atitude islâmica de (no seguimento da sua milenar política de ostracizar espécies animais) após o porco, iniciar uma insana agressão contra o pacifico e justo povo americano !

Ninguém se levantou em defesa do Porco, será que ninguém se levantará em defesa dos americanos ?! NÂO ! Dizemos nós ! (a Associação de Suinicultores do Vale do Tejo) Nunca Mais o Silêncio Conivente!!

Assim ,gostaríamos, respeitosamente, de oferecer humildemente, algumas sugestões e a nossa abnegada e voluntariosa ajuda no combate ao terrorismo que ameaça a Porcinidade e a Americanidade.
Não necessariamente por esta ordem.

1º - Defesa. Muito se tem falado na problemática inerente à segurança nos voos aéreos. Aventou-se a possibilidade de colocar policias armados nos voos aéreos de forma a garantir o bem estar dos passageiros. Ora isto coloca-nos uma questão: isto não colocaria em perigo a integridade física da aeronave ?
Será que uma bala que (infortunadamente) não penetrasse de uma forma decidida e moralmente justificada, o corpo insano de um islamista, não poderia furar a fuselagem do avião e matar a todos ? Cristãos e Islâmicos ? ... Barbudos e Glabros ! ... Ocidentais e Árabes ?...


Para obviar esta falha sugerimos a criação do Spray de Banha de Porco !
Este spray (de concepção portuguesa ,ou melhor da Associação de Suinicultores do Vale do Tejo, e aperfeiçoada com capital americano) permitiria não atacar a integridade física dos cristãos e do avião e reduzir os discípulos de Maomé a um monte de cinzas fumegantes.
Um conceito semelhante foi utilizado com sucesso na Transilvânia nos últimos 200 anos (embora com agua benta), de tal forma que actualmente a existência dos vampiros seja caso de conjectura !

Antes de avançarmos mais, gostaríamos de fazer um parêntesis: A Associação de Suinicultores do Vale do Tejo, não tem nada contra os islâmicos nem contra a religião islâmica (embora, naturalmente, não partilhe os mesmos valores) ... alguns dos melhores amigos da Associação de Suinicultores do Vale do Tejo são islâmicos, mas não podemos deixar passar em branco os constantes ataques à América e aos suínos, tanto um e o outro (cada um à sua maneira) garantes da integridade da civilização ocidental e símbolos grados das nossas mais altas aspirações.

2º - Ataque. A Associação de Suinicultores do Vale do Tejo, conclui que num teatro de guerra tão exigente como o Iraque ou Afeganistão, um esforço de guerra convencional está fadado ao fracasso, assim nós (o Gabinete de Crise da Associação de Suinicultores do Vale do Tejo) elegemos como objectivos estratégicos:

1. Desmoralização do inimigo,
2. Destruição da sua vontade de lutar.

Estes são objectivos que usualmente estão organizados naquilos que vocês costumam chamar “Psy-Ops” (Operações Psíquicas, portanto) e que nós pensamos ser suficiente para conduzir a guerra a bom termo.
Assim sugerimos o bombardear intensivo de todo o Iraque com toneladas de banha de porco, chouriços, salpicão, febras, linguiças e/ou outros derivados porcinos à escolha !
Pensamos que, pela sua capacidade, os B52’s são particularmente eficazes para levar a cabo esta tarefa, além de permitir minimizar ao mínimo o numero de potenciais vitimas cristãs !

Pensamos ter apresentado duas propostas que poderão ser úteis a V. Ex.as, e que uma vez decidida a sua aplicação, nós (a Associação de Suinicultores do Vale do Tejo) terá o maior prazer em prestar toda a ajuda possível.
Estamos cônscios da gravidade do momento e da situação ! mas se nos perdoarem o inocente jogo de palavras, sugerimos que deixem de pensar como sempre pensam, ou seja “THINK BIG !” para começarem a “THINK PIG !”


Pela Associação de Suinicultores do Vale do Tejo

António do Rosário

DESCOBERTA CIDADE LENDÁRIA NO PLANALTO DE PAMIR. Informa Miguel Caldas nosso colaborador na U.C.P.

Excertos retirados da Arqueologia Hoje de Janeiro de 2005. Pag. 34 – 36.



“Uma descoberta fantástica veio abalar a comunidade arqueológica, quando o Prof. Robert Flack e o Prof. Georges Biffout, desenterraram em Tel El Bebel ( Ásia Central, actual Quirguizia) o que parecem ser os restos da lendária cidade Runfhah, a cidade de onde ,alegadamente, todos os demónios da antiguidade originaram.
“È de facto extraordinário pensar que encontrámos a lendária Kutchma dos Assírios (de onde vem a palavra francesa moderna Cauchemar) e a que era conhecida na Bíblia como “Kazimir, A dos Mil Gritos.” Disse o Prof. Flack, com um obvio orgulho na sua recente descoberta.
“Para já, o que nos leva a pensar que encontramos o Berço do Mal, como a cidade é referida no Zohar, é que, para além da cidade ter um perímetro que se assemelha a um pentagrama invertido, a cidade é maioritariamente subterrânea e tem um n.º invulgarmente alto de templos e do que parece ser áreas de detenção.”
“Os templos são algo estranhos porque – muito embora a cidade tenha proporções humanas – estes parecem ser construídos para um ser morfologicamente diferente do homem ... consideravelmente maior.
Isto é particularmente evidente nos templos onde encontramos maiores vestígios de sacrifícios humanos. Aliás, a dimensão dos sacrifícios humanos nesta cidade, deixa perceber porque é que a cidade tinha tão má reputação na antiguidade.
Pensamos que esta anomalia nos templos era uma forma de inspirar terror nos fieis (uma preocupação muito central em toda a religiosidade de Runfhah) de forma a que eles acreditassem que os templos eram a morada da Deusa Ghlarghle (conhecida entre os gregos como Bebasticon)”. (...)
“Esta Deusa ctónica tinha como principais atributos uma sede intensa de sangue (especialmente de criancinhas e gatinhos) e o desinteresse olímpico pelas preces dos seus fieis.
O que mantinha o culto vivo era a certeza – dizia-se – da vingança exercida nos mortais se alguma vez a deixassem de servir.” (...)
“Pensa-se que a origem da religião provem de uma rainha lendária do período neolítico, que pacificou o planalto numa campanha de invulgar brutalidade. A lenda reza que Ghlarghle atingiu a divindade através de um sangrento ritual que consistiu em lavrar os corpos dos seus inimigos deitados num campo de um hectare, com uma charrua afiada”.
(...) “Embora nesta altura ainda não possamos confirmar ou desmentir as lendas de horríveis ritos consistindo em sevicias sexuais e libações de sangue, o que posso avançar é que encontramos nos subterrâneos alguns instrumentos de aspecto muito estranho que apontam para um uso ... para um uso ... bom, digamos que neste momento esperamos que estejamos enganados nas nossas suposições !”
(...) “Mas talvez o mais inquietante foi a descoberta da estela contendo um texto que se assemelha muito aquilo que antigos chamavam de O Livro Perdido de Fhun–Fhi”, ou como os Acadianos o chamavam – com a sua característica queda para a simplicidade – A Obscenidade. Normalmente punham o equivalente a um ponto de exclamação após este titulo.”
“Não sendo eu um linguista particularmente dotado, deixei ao Prof. Biffout a tarefa de a traduzir. Tenho muita pena que o Prof. não lhe possa dar os esclarecimentos em pessoa, mas desde há uma semana que está com uma estranha febre da qual todos nós lhe desejamos as melhoras! Mesmo assim alguns trechos estão traduzidos e que gostaria que fossem publicados na vossa revista. Como forma de validar a nossa descoberta e para que cientistas de todo o mundo possam ajudar a desvendar os mistérios que ainda rodeiam esta cidade.”
“Deixe-me dizer que durante muito tempo hesitei em tornar publico o que aqui se descobriu ... penso que há algo de tão ... errado neste lugar, que qualquer pessoa se sente na obrigação de esconder esta abominação dos olhos do mundo ... mas no final o cientista prevaleceu sobre o homem religioso !”
Quando inquirido se acreditava na existência de Deus, O Prof. Flack, sorriu e disse “Não, mas de há um mês para cá acredito na existência do Diabo.”

Nota – Gostaria de explicar aos nossos leitores, que hesitamos muito em publicar o texto que o Prof. Flack nos confiou. O seu conteúdo é de tal forma repulsivo e odioso que nenhuma consideração cientifica nos poderia levar a mostra-lo, mas após a morte do Prof. Biffout e do desaparecimento do Prof. Flack dentro dos subterrâneos da escavação de Tel EL Bebel, pensamos que este pode ser a única forma de os homenagear.
E que Deus nos proteja a todos se estiver errado.
O Director.



TRADUÇÃO PARCIAL DA ESTELA ENCONTRADA EM TEL EL BEBEL

(...)
Este é o Livro de Bebu, o livro que fala do caminho do Bebu e da forma de atingir a bebuzidade.
(...)
Neofito – Mestre onde está Bebu ?
Mestre - Neófito sabe que Bebu não está fora ou em cima ou por baixo ou em lado nenhum.
Bebu és tu.
(...)
Neófito – Mestre, como se atinge Bebu e quais são os outros caminhos ?
Mestre – Sabe pois que todos os outros caminhos mentem. Pois não dizem eles que tendes de ser um com o Principio, esvaziando-te ou descobrindo-o ?
Neófito – Assim é Mestre.
Mestre – Pois sabei que em Bebu não tendes de abdicar de nada. Sabei que em Bebu tens que agarrar tudo.
O caminho de Bebu é aumentar o eu até ser do tamanho do universo e totalmente indistinguivel de Bebu !
Neófito – Qual eu Mestre, o eu interior ?
Mestre – Não Neófito. O teu eu.
Neófito - ...a alma ?
Mestre – Não Neófito, o teu eu.
Neófito – O eu que está em mim e que partilho com tudo o que vive porque é parte de Bebu ?
Mestre – Não Neofito, o teu eu, aquele que faz perguntas estúpidas. Porque tentas a paciência do teu velho mestre?
E dizendo isto o Sábio Mestre, sacou de uma marreta e matou o Neófito à martelada.
Bebu não suporta idiotas.


3º HINO DA 2ª LUA DE MUDHAR

(cantar apenas quando mais de cem pessoas já foram decapitadas)

Eu sou Bebu !
Viva Eu !
Sim !
É assim que eu acho !
É como eu quiser !
Eu é que sou do sabimento!
Gun !
É assim que era !
È assim que fora !

Ratafunfe !